Talvez a boa nova anunciada pela natureza seja que a vida é para sempre.
Mas antes, abrir os olhos e ver é a razão do amor, a causa-cópula, a causa amante.
Penahã e Shuku shukuwe são dois termos mestres no ensino da escrita verdadeira dos Tikmu’un (nós, os humanos) e dos Huni Kuin (homem verdadeiro).
No livro Penahã, do professor Rafael Maxakali, tikmu’un da aldeia Cachoeira, há uma história das crianças cegas por terem visto o sexo de suas mães.
Em O Livro Vivo, organizado por Agostinho Manduca Mateus ou Ike Muru Huni kuin, a história é a dos ancestrais que se transformaram em plantas medicinais da floresta.

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Inês,
que alegria ver nossas aulas se enredando, como num rizoma. dessas aulas, sabemos, não somos nós, as mestras, mas o texto, a floresta, a jibóia, a paisagem. disso os índios sempre souberam e Llansol parece ter sabido, um pouco antes de alguns escritores que também compõem nossa linhagem. você, que sabe disso desde que teve a ideia genial de enredar a textualidade llansoliana às textualidades indígenas, e que está agora aí, no coração da floresta, há de nos trazer de volta a boa nova, agora anunciada não só à natureza, mas pela própria natureza. Como escreveu Llansol, “o dom é a única retribuição do dom”. do lado de cá, agradeço por tão generosa anunciação.
queria Lúcia, você é a grande mestra nesse enredo. a potência de nossa rede é a alegria. saúde!
Admiração imensa pelo seu trabalho!
Um abraço,
Rita
Obrigada, Rita. Você está convidada a participar desse rede do Laboratório de Interculturalidade! Abraço